sexta-feira, 13 de julho de 2012

Alimentos do mês de Julho: Sardinha, Rabanete e Maracujá


Sardinha

Conhecida desde tempos remotos, tanto na costa do Mediterrâneo quanto na do Atlântico, a sardinha já era pescada e conservada em sal pelos fenícios. Antigos egípcios, gregos e romanos também consumiam bastante o peixe, tanto fresco quanto em conserva.
A oferta de sardinha no Brasil cresceu até 1973, quando atingiu o auge de 228 mil toneladas. Depois disso, por questões relacionadas à pesca predatória e aos distúrbios ecológicos, a quantidade de sardinha pescada começou a cair e, desde 1987, a produção não chega a atingir 100 mil toneladas / ano.
A sardinha é excelente fonte de vitamina B12 e é rica em cálcio, ferro, fósforo, potássio, selênio, niacina e em ômega 3.
Além de ser uma ótima fonte de proteínas completas, como os peixes de modo geral, a sardinha faz parte do grupo de peixes ricos em ômega 3, uma gordura chamada essencial, já que é necessária para várias funções orgânicas, mas não é produzida pelo próprio corpo, precisando ser adquirida por meio dos alimentos.
O ômega 3 é uma gordura poli-insaturada que demonstra ter um efeito protetor à saúde do coração. Estudos mostram que as populações que consomem grandes quantidades de peixes ricos em ômega 3, como os esquimós, têm uma prevalência muito pequena de doenças cardiovasculares.
A inclusão de fontes de ômega 3 na alimentação substituindo parte das gorduras saturadas consumidas habitualmente, contribui para a diminuição dos níveis de colesterol e de triglicérides no sangue. Estudos também apontam que o ômega 3 melhora a flexibilidade das artérias e tem efeito anti-inflamatório.
Uma porção de sardinha oferece mais do que 100% das recomendações diárias de vitamina B12. Essa vitamina, que só é encontrada nos alimentos de origem animal, é fundamental para o bom funcionamento das células nervosas e do sistema neurológico, além de participar da fabricação dos glóbulos vermelhos e das células do tecido ósseo.
Outra vitamina do complexo B oferecida pela sardinha é a niacina (vitamina B3), que participa dos processos relacionados ao material genético, permitindo o crescimento sadio.
Há uma boa quantidade de selênio na sardinha (quase 50% da recomendação diária). Este mineral tem uma importante ação antioxidante, que contribui para a prevenção de inúmeras doenças crônicas.
Rica em cálcio, a sardinha pode contribuir para a manutenção da massa óssea no decorrer da vida. Oferece também ferro, essencial para o transporte de oxigênio e formação de glóbulos vermelhos no sangue; fósforo, que, como o cálcio, tem papel fundamental na saúde de ossos e dentes, além de auxiliar a regeneração de tecidos.

Rabanete

De origem não totalmente esclarecida, provavelmente no Oriente Próximo ou sudoeste da Ásia, o rabanete já era conhecido no Egito há mais de 5.000 anos. Acredita-se que foram os antigos romanos que disseminaram o rabanete pelo resto da Europa.
Apesar de não gozar de grande popularidade no Brasil, o rabanete sempre foi uma raiz bastante valorizada na Europa e na Ásia, tanto por seus usos gastronômicos quantos pelas propriedades medicinais associadas ao seu consumo.
Varias propriedades curativas foram atribuídas a esse vegetal da família das crucíferas, a mesma da couve, do repolho ou dos brócolis. De fato, estudos mostram que os vegetais dessa família são especialmente ricos em substâncias antioxidantes, benéficas à saúde.  
O rabanete é fonte de fibras alimentares, potássio, folato e vitamina C. Também contem beta caroteno e luteína e zexantina, substâncias antioxidantes.
Os vegetais da família das crucíferas, como o rabanete, contêm substâncias antioxidantes que podem reduzir o risco de vários tipos de câncer, especialmente os de pulmão, de cólon, de mama, de ovário, de próstata e de rim.
O consumo frequente de crucíferas foi associado à menor concentração do aminoácido homocisteína, no sangue. A alta concentração sanguínea desse aminoácido é um fator de risco para doenças cardiovasculares.
Suas fibras alimentares contribuem para o controle das taxas de colesterol e de açúcar no sangue, além de diminuírem o risco de certos tipos de câncer, como o de cólon.
O beta caroteno e a luteína e zeaxantina são substâncias antioxidantes que também demonstram ter uma ação preventiva contra alguns tipos de câncer, além de reduzirem o risco de doenças oculares como degeneração macular e catarata.
O potássio atua como regulador da pressão e do pH sanguíneos e auxilia os processos digestivos e as contrações musculares — após atividades físicas muito intensas, a reposição de potássio no organismo ajuda na recuperação dos músculos.
O folato (vitamina B9 ou ácido fólico) é essencial para a produção do material genético e previne más-formações fetais. É indicado para todas as mulheres em idade fértil.
E a vitamina C, além de sua ação antioxidante, é importante para proteger o organismo de infecções, manter a saúde de ossos, cartilagens e mucosas e facilitar a absorção de ferro.

Maracujá

Na língua tupi, maracujá significa “comida de cuia” — é a forma que a casca fica, cortada ao meio, servindo de “prato”, ou cuia, para os índios que apreciavam a fruta nativa do América do Sul.
Originária da bacia amazônica, o maracujá era bem conhecido pelos índios que habitavam as regiões banhadas pelo rio e seus afluentes. Até hoje, a produção da fruta está concentrado no Brasil, na Colômbia, no Equador e no Peru.
No fim dos anos 80, a alta gastronomia “descobriu” o maracujá. Além do sabor, o visual atraente da polpa dourada e translúcida salpicada das pequenas sementes escuras, também comestíveis, torna o maracujá um ingrediente bastante interessante para criações culinárias.
O maracujá é rico em vitamina C, potássio e manganês, o maracujá é fonte de ferro, magnésio, fósforo e zinco.
Considerado um calmante natural, o maracujá contém passiflorina, uma substância que tem ação sedativa, mas que é encontrada basicamente nas folhas da fruta. Não há evidências de que o consumo da polpa produza efeito maior do que o placebo.
O maracujá é uma boa fonte de vitamina C, que tem propriedades antioxidantes e contribui para o bom funcionamento do sistema de defesas do corpo.
A vitamina C também contribui para a melhor absorção de ferro. O maracujá também é fonte desse mineral, essencial para o transporte de oxigênio e a formação de glóbulos vermelhos no sangue.
A fruta é rica em potássio, que regula a pressão e o pH sanguíneos e auxilia os processos digestivos e as contrações musculares (após atividades físicas muito intensas, a reposição de potássio no organismo ajuda na recuperação dos músculos) e em manganês, que atua junto com diversas enzimas para facilitar os processos metabólicos e tem propriedades antioxidantes.
Outra substância antioxidante encontrada no maracujá é a cianidina. A cianidina é um pigmento antioxidante do grupo das antocianinas. Em estudos de laboratório, estas substâncias têm demonstrado uma ação preventiva contra alguns tipos de câncer.
O maracujá também é fonte de fósforo, que auxilia a regeneração de tecidos e tem papel fundamental na saúde de ossos e dentes, assim como o magnésio. Tanto este mineral quanto o zinco contribuem para o bom funcionamento do sistema imunológico. O zinco também é fundamental para a fabricação do material genético.


*Fonte: Nestlé faz bem - enciclopédia de nutrição. 

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