quinta-feira, 26 de julho de 2012

Os benefícios da nutrição no mal de Alzheimer


A doença de Alzheimer (DA) é uma das formas mais comuns de demência entre os idosos. Ela se caracteriza por transtorno degenerativo progressivo e sua evolução compromete funções corticais superiores como a memória, o pensamento, a linguagem e o julgamento crítico, não apenas o idoso, mas também sua família e a comunidade em que ele vive.
Os primeiros sintomas abrangem uma leve perda de memória, que não chega a atrapalhar o raciocínio geral, a perda da memória torna-se progressiva, inicialmente para fatos recentes, até a perda total. Além da perda da memória, outros sintomas envolvem dificuldade de raciocínio, dificuldade de linguagem, dificuldade de orientação temporal e espacial, alterações de comportamento, depressão, agitação ou até agressividade, delírios, alterações de apetite, tendendo à compulsão, alterações do sono.
A causa desta doença ainda é desconhecida, assim como é desconhecida a sua cura. Acredita-se que sua causa possa estar relacionada a uma complexa combinação entre fatores genéticos e pessoais.



NUTRIÇÃO E ALZHEIMER

ANTIOXIDANTES
O volume de pesquisas sobre antioxidantes vem aumentando nos últimos anos. Isto porque estas substâncias ajudam a prevenir muitas condições como doenças cardiovasculares, diversos tipos de câncer, demência, além de desacelerar o processo de envelhecimento. Os antioxidantes apontam para um efeito protetor, principalmente a vitamina E. Fazendo com que o cérebro não se degenere, tendo uma perda menor das células neurais.
Exemplos: 
Beta-caroteno: Frutas e hortaliças amarelo/alaranjados como cenoura e mamão e vegetais verde-escuros como espinafre e couve;
Licopeno: Frutas e verduras vermelhas como tomates, melancia e goiaba;
Luteína: alface, frutas cítricas, milho, ovo;
Antocianinas: uvas, vinho, amora, cereja;
Catequinas: cha, cacau;
Flavononas: frutas cítricas;
Isoflavonas/Fitoestrogenos: soja, trigo integral, linhaça;
Quecentina: maçãs, chá, frutas cítricas;
Organosulfurados: repolho, couve-flor;
Selênio: atum, castanha do Brasil;
Vitamina C: frutas cítricas, pimentões, brócolis, kiwi;
Vitamina E: germe de trico, óleos vegetais, amêndoas, amendoim.

LIPÍDEOS
Váriosestudos caso-controlados relataram níveis plasmáticos e nos tecidos cerebrais mais baixos de omega-3 e pacientes com o Mal de Alzheimer em comparação com controles. O consumo de peixe 1 vez por semana foi associado com a redução de 60% no risco de desenvolvimento de Alzheimer, tanto no estudo de Rotterdam como no de Chicago. No estudo de Chicago, a ingestão maior de ômega-3, principalmente DHA mostrou forte associação como menor risco de desenvolvimento da doença (MORRIS).

VITAMINAB12, FOLATO, VITAMINA B6 
A deficiência de B12, assim como de folato, pode levar à redução na síntese de metionina e S-adenosilmetionina, afetando adversamente as reações de metilação, essenciais para o metabolismo de componentes da bainha de mielina das células nervosas e de neurotransmissores.
Exemplos:
Fontes de B12: amêndoas, amendoins, laranja, feijão, fígado, cereais integrais...rins, carne, peixe, leite e derivados, fígado.
Fontes de Folato: Figado, Espinafre, aspargos, feijão verde, brócolis, abacate, amendoim, alface, germen de trigo, tomate, laranja, mamão e banana.
Fontes de B6: fígado bovino, frango e carnes de porco e vitela, peixes (salmão, atum, sardinha, halibut, arenque), nozes (noz-branca ou juglans cinerea, amendoins), pão, milho, e cereais integrais. 

TIAMINA

Deficiência de vitamina B1 causa beribéri. Sintomas dessa doença do sistema nervoso central incluem perda de peso, distúrbios emocionais, percepção sensorial prejudicada, fraqueza e dor nos membros, períodos de batimento cardíaco irregular e edema. Em casos avançados pode ocorrer insuficiência cardíaca e morte. A deficiência crônica de vitamina B1 também causa a síndrome de Korsakoff, uma psicose irreversível caracterizada por amnésia e confabulação.
Uma vez que a deficiência de tiamina pode resultar em um tipo de demência, como o Alzheimer.
Exemplos: 
Ervilhas, feijão, pão integral, fiambre, arroz integral, cereais integrais, nozes, fígado, rins, carne de porco, peixes, amendoins, verduras amargas e gema de ovo.

CARNITINA

Pequenosestudos clínicos controlados sugeriram redução moderada no declínio da função cognitiva dos pacientes com MA com o uso de 2-3 g de L-carnitina por dia. 

COLINA
O Mal de Alzheimer foi associado com déficit de neurotrasmissores cerebrais, mais especificamente, a acetilcolina. Uma possível causa é a redução a enzima que converte a colina em acetilcolina. 

A ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE COM ALZHEIMER
A anorexia pode ocorrer no estágio final da doença em decorrência de modificações físicas, como redução do paladar e olfato, redução do apetite, aumento da saciedade, desordens neuropsiquiátricas associadas com a doença (perda de memória, desorientação, desordens de humor, indiferença, julgamento prejudicado), alteração na autonomia e hábito alimentar e nas concentrações de neurotransmissores.

 Por Regina Reis

*Fonte: Blog da Nutricionista Dra. Regina Reis.

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