Alcachofra
Originária da
bacia do Mediterrâneo, esta “flor” de comer foi domesticada no Egito, há
cerca de 2.000 anos.
A alcachofra é,
de fato, uma inflorescência. Esta denominação é dada a qualquer conjunto de
flores, ou sistema de ramificação que termine em flores, e que se caracteriza
pela presença do pedúnculo.
Além de sempre
ter sido considerada um alimento exótico e requintado, a alcachofra é famosa
pelas propriedades medicinais atribuídas a ela.
Seus efeitos na
saúde foram bastante citados por estudiosos da antiga civilização Greco-romana.
Também constavam dos tratados médicos árabes na época em que estes dominaram a
Espanha, entre os séculos 8 e 15.
Uma grande
variedade de substâncias antioxidantes é encontrada na alcachofra. Essas
substâncias agem contra os radicais-livres (moléculas que se acumulam no
organismo e podem danificar as células), ajudando a prevenir doenças crônicas,
degenerativas ou ligadas aos processos do envelhecimento.
Entre os
antioxidantes oferecidos pela alcachofra, os carotenóides luteína e zeaxantina
e o beta caroteno podem ter ação preventiva em alguns tipos de câncer, como o
de mama, e diminuem o risco de certas doenças oculares como degeneração macular
e catarata. As antocianinas, encontradas nas alcachofras de cor arroxeada,
também têm demonstrado efeitos anti-cancerígenos.
A alcachofra
contém inulina, uma substância considerada prebiótica: ela contribui para o
desenvolvimento de bactérias benéficas no intestino. Esses microorganismos
favorecem o funcionamento saudável do aparelho digestivo e do sistema
imunológico.
A alcachofra é
especialmente rica em fibras alimentares. Estas contribuem para o controle das
taxas de colesterol e de açúcar no sangue e diminuem o risco de certos tipos de
câncer, como o de cólon.
A vitamina C, que
também tem ação antioxidante, é importante para proteger o organismo de
infecções, manter a saúde de ossos, cartilagens e mucosas e facilitar a
absorção de ferro. O folato, também chamado vitamina B9, é essencial para a
produção do material genético e previne más-formações fetais. E a vitamina K
ajuda a regular os processos de coagulação do sangue.
Entre os
minerais fornecidos em boas quantidades pela alcachofra, o potássio atua como
regulador da pressão e do pH sanguíneos e auxilia os processos digestivos e as
contrações musculares; o manganês facilita os processos metabólicos e tem um
papel antioxidante; o fósforo auxilia a regeneração de tecidos e preserva
a saúde de ossos e dentes, assim como o magnésio, que também contribui para o
bom funcionamento do sistema imunológico.
Pera
Descrita pelo
poeta grego Homero como “um presente dos deuses”, a pera, do ponto de vista
botânico, não é um fruto, mas sim um pseudofruto. Como a maçã, a designação
correta é pomo.
Seja como for, é
considerada e adotada como fruta na dieta de países do mundo todo, e é bastante
apreciada por sua doçura e sabor suave.
A pereira é
originária do Oriente Médio e da região de Caxemira, na Índia. Celebrada pelos
gregos, manteve a fama de fruta dos deuses entre os romanos, que difundiram o
pomo na Europa. Ali, por meio de cruzamentos, suas variedades foram aumentado,
derivadas de duas espécies, as chamadas pera asiática e pera comum. Atualmente,
calcula-se que quase mil variedades de pera sejam cultivadas no mundo todo.
As peras chegaram
às Américas com os primeiros colonizadores. Nos Estados Unidos, a primeira
árvore foi plantada em 1620. Só mais tarde chegou ao Brasil, onde as condições
climáticas não são tão propícias ao seu desenvolvimento. Aqui, o cultivo ainda
é pequeno e boa parte da pera consumida é importada, principalmente de outros
países da América do Sul, como a Argentina. Entre os maiores produtores de pera
nos dias de hoje estão China, Itália e EUA.
As fibras
alimentares solúveis e insolúveis encontradas na pera fresca, especialmente em
sua casa, são importantes para o bom funcionamento do intestino. Elas diminuem
o risco de câncer do cólon e ajudam no controle do colesterol, atuando na
prevenção de doenças cardiovasculares.
O cobre presente
na fruta é um mineral necessário para a formação de colágeno, responsável pela
estrutura e reparação dos tecidos, especialmente pele e músculos. O cobre
também é necessário para a formação de uma enzima que elimina um tipo de
radical-livre gerado naturalmente pelo metabolismo, evitando que a substância
oxidante permaneça por mais tempo no organismo e cause danos às membranas
celulares.
Como fonte de
vitamina K, a pera ajuda a regular o sistema de coagulação do sangue e atua na
formação dos ossos.
Salsa
Erva aromática
das mais populares no mundo todo, a salsa é cultivada há mais de 2.000 anos,
mas, inicialmente, era utilizada como erva medicinal. Os egípcios a usavam como
remédio para dores de estômago e distúrbios urinários e, no Império Romano,
acreditava-se que a salsa podia evitar intoxicações.
As propriedades
medicinais atribuídas à salsa têm algum fundamento, já que a planta possui de
fato substâncias antioxidantes, que atuam na prevenção de certas doenças.
Porém, como as demais ervas aromáticas, as pequenas quantidades consumidas na alimentação
diária não são suficientes para proporcionar todos os benefícios destas
substâncias. Usadas regularmente, atuam em conjunto com os outros alimentos,
acrescentando um pouco mais de substâncias benéficas à saúde — mas podem
acrescentar bastante sabor e aroma aos pratos.
Há um efeito,
porém, que pode ser atribuído diretamente à salsa: diminuir o mau hálito na
boca causado pela ingestão de certos alimentos, como o alho. A salsa fresca
possui substâncias capazes de capturar os compostos sulfurosos formados na boca
e no intestino após a ingestão desses alimentos, e que são responsáveis pelo
hálito desagradável. Porém, não há evidência que a salsa possa contribuir para
diminuir a halitose com outras causas fisiológicas.
A salsa contém
substâncias antioxidantes, que estão associadas à prevenção de doenças
cardiovasculares e certos tipos de câncer, mas não há evidências de que a
quantidade consumida tenha efeito por si só em seres humanos. Mas, certamente,
agrega essas substâncias a uma alimentação balanceada.
A apigenina é o
principal flavonóide, substância antioxidante, presente na salsa. Alguns
estudos demonstram que essa substância contribui para a normalização do nível
glicêmico do sangue.
Mesmo em
pequenas quantidades, a salsa tem uma quantidade considerável de betacaroteno e
luteína, carotenóides com ação antioxidante.
Também é rica em
vitamina C importante para proteger o organismo de infecções, manter a saúde de
ossos, cartilagens e mucosas e facilitar a absorção de ferro, além do efeito
antioxidante.
A vitamina K
ajuda a regular os processos de coagulação do sangue. Porém, em grande
quantidade, pode interferir com alguns medicamentos anticoagulantes. Pessoas
que precisam usar esses medicamentos devem manter uma alimentação em que o
consumo de vitamina K seja estável (não varie muito de um dia para o outro) e
consultar o médico sobre as recomendações de consumo para alimentos muito ricos
nessa vitamina.
*Fonte: Nestlé faz bem - enciclopédia de nutrição.
Gosto muitooo de nutrição.
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