segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Alimentos do mês de Agosto: Alcachofra, Pera e Salsa


Alcachofra
Originária da bacia do Mediterrâneo, esta “flor” de comer  foi domesticada no Egito, há cerca de 2.000 anos.
A alcachofra é, de fato, uma inflorescência. Esta denominação é dada a qualquer conjunto de flores, ou sistema de ramificação que termine em flores, e que se caracteriza pela presença do pedúnculo.
Além de sempre ter sido considerada um alimento exótico e requintado, a alcachofra é famosa pelas propriedades medicinais atribuídas a ela.
Seus efeitos na saúde foram bastante citados por estudiosos da antiga civilização Greco-romana. Também constavam dos tratados médicos árabes na época em que estes dominaram a Espanha, entre os séculos 8 e 15.
Uma grande variedade de substâncias antioxidantes é encontrada na alcachofra. Essas substâncias agem contra os radicais-livres (moléculas que se acumulam no organismo e podem danificar as células), ajudando a prevenir doenças crônicas, degenerativas ou ligadas aos processos do envelhecimento. 
Entre os antioxidantes oferecidos pela alcachofra, os carotenóides luteína e zeaxantina e o beta caroteno podem ter ação preventiva em alguns tipos de câncer, como o de mama, e diminuem o risco de certas doenças oculares como degeneração macular e catarata. As antocianinas, encontradas nas alcachofras de cor arroxeada, também têm demonstrado efeitos anti-cancerígenos.
A alcachofra contém inulina, uma substância considerada prebiótica: ela contribui para o desenvolvimento de bactérias benéficas no intestino. Esses microorganismos favorecem o funcionamento saudável do aparelho digestivo e do sistema imunológico.
A alcachofra é especialmente rica em fibras alimentares. Estas contribuem para o controle das taxas de colesterol e de açúcar no sangue e diminuem o risco de certos tipos de câncer, como o de cólon.
A vitamina C, que também tem ação antioxidante, é importante para proteger o organismo de infecções, manter a saúde de ossos, cartilagens e mucosas e facilitar a absorção de ferro. O folato, também chamado vitamina B9, é essencial para a produção do material genético e previne más-formações fetais. E a vitamina K ajuda a regular os processos de coagulação do sangue.
Entre os minerais fornecidos em boas quantidades pela alcachofra, o potássio atua como regulador da pressão e do pH sanguíneos e auxilia os processos digestivos e as contrações musculares; o manganês facilita os processos metabólicos e tem um papel antioxidante; o  fósforo auxilia a regeneração de tecidos e preserva a saúde de ossos e dentes, assim como o magnésio, que também contribui para o bom funcionamento do sistema imunológico.


Pera
Descrita pelo poeta grego Homero como “um presente dos deuses”, a pera, do ponto de vista botânico, não é um fruto, mas sim um pseudofruto. Como a maçã, a designação correta é pomo.
Seja como for, é considerada e adotada como fruta na dieta de países do mundo todo, e é bastante apreciada por sua doçura e sabor suave.
A pereira é originária do Oriente Médio e da região de Caxemira, na Índia. Celebrada pelos gregos, manteve a fama de fruta dos deuses entre os romanos, que difundiram o pomo na Europa. Ali, por meio de cruzamentos, suas variedades foram aumentado, derivadas de duas espécies, as chamadas pera asiática e pera comum. Atualmente, calcula-se que quase mil variedades de pera sejam cultivadas no mundo todo.
As peras chegaram às Américas com os primeiros colonizadores. Nos Estados Unidos, a primeira árvore foi plantada em 1620. Só mais tarde chegou ao Brasil, onde as condições climáticas não são tão propícias ao seu desenvolvimento. Aqui, o cultivo ainda é pequeno e boa parte da pera consumida é importada, principalmente de outros países da América do Sul, como a Argentina. Entre os maiores produtores de pera nos dias de hoje estão China, Itália e EUA.
As fibras alimentares solúveis e insolúveis encontradas na pera fresca, especialmente em sua casa, são importantes para o bom funcionamento do intestino. Elas diminuem o risco de câncer do cólon e ajudam no controle do colesterol, atuando na prevenção de doenças cardiovasculares.
O cobre presente na fruta é um mineral necessário para a formação de colágeno, responsável pela estrutura e reparação dos tecidos, especialmente pele e músculos. O cobre também é necessário para a formação de uma enzima que elimina um tipo de radical-livre gerado naturalmente pelo metabolismo, evitando que a substância oxidante permaneça por mais tempo no organismo e cause danos às membranas celulares.
Como fonte de vitamina K, a pera ajuda a regular o sistema de coagulação do sangue e atua na formação dos ossos.


Salsa
Erva aromática das mais populares no mundo todo, a salsa é cultivada há mais de 2.000 anos, mas, inicialmente, era utilizada como erva medicinal. Os egípcios a usavam como remédio para dores de estômago e distúrbios urinários e, no Império Romano, acreditava-se que a salsa podia evitar intoxicações.
As propriedades medicinais atribuídas à salsa têm algum fundamento, já que a planta possui de fato substâncias antioxidantes, que atuam na prevenção de certas doenças. Porém, como as demais ervas aromáticas, as pequenas quantidades consumidas na alimentação diária não são suficientes para proporcionar todos os benefícios destas substâncias. Usadas regularmente, atuam em conjunto com os outros alimentos, acrescentando um pouco mais de substâncias benéficas à saúde — mas podem acrescentar bastante sabor e aroma aos pratos.
Há um efeito, porém, que pode ser atribuído diretamente à salsa: diminuir o mau hálito na boca causado pela ingestão de certos alimentos, como o alho. A salsa fresca possui substâncias capazes de capturar os compostos sulfurosos formados na boca e no intestino após a ingestão desses alimentos, e que são responsáveis pelo hálito desagradável. Porém, não há evidência que a salsa possa contribuir para diminuir a halitose com outras causas fisiológicas.
A salsa contém substâncias antioxidantes, que estão associadas à prevenção de doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer, mas não há evidências de que a quantidade consumida tenha efeito por si só em seres humanos. Mas, certamente, agrega essas substâncias a uma alimentação balanceada.
A apigenina é o principal flavonóide, substância antioxidante, presente na salsa. Alguns estudos demonstram que essa substância contribui para a normalização do nível glicêmico do sangue.
Mesmo em pequenas quantidades, a salsa tem uma quantidade considerável de betacaroteno e luteína, carotenóides com ação antioxidante.
Também é rica em vitamina C importante para proteger o organismo de infecções, manter a saúde de ossos, cartilagens e mucosas e facilitar a absorção de ferro, além do efeito antioxidante.
A vitamina K ajuda a regular os processos de coagulação do sangue. Porém, em grande quantidade, pode interferir com alguns medicamentos anticoagulantes. Pessoas que precisam usar esses medicamentos devem manter uma alimentação em que o consumo de vitamina K seja estável (não varie muito de um dia para o outro) e consultar o médico sobre as recomendações de consumo para alimentos muito ricos nessa vitamina.

*Fonte: Nestlé faz bem - enciclopédia de nutrição.

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