A doença de Alzheimer (DA) é uma das formas mais
comuns de demência entre os idosos. Ela se caracteriza por
transtorno degenerativo progressivo e sua evolução compromete funções
corticais superiores como a memória, o pensamento, a linguagem e o julgamento
crítico, não apenas o idoso, mas também sua família e a comunidade em
que ele vive.
Os primeiros sintomas abrangem uma leve perda de memória,
que não chega a atrapalhar o raciocínio geral, a perda da memória torna-se
progressiva, inicialmente para fatos recentes, até a perda total. Além da perda
da memória, outros sintomas envolvem dificuldade de raciocínio, dificuldade de
linguagem, dificuldade de orientação temporal e espacial, alterações de
comportamento, depressão, agitação ou até agressividade, delírios, alterações
de apetite, tendendo à compulsão, alterações do sono.
A causa desta doença ainda é desconhecida, assim como é
desconhecida a sua cura. Acredita-se que sua causa possa estar relacionada a
uma complexa combinação entre fatores genéticos e pessoais.
NUTRIÇÃO E ALZHEIMER
ANTIOXIDANTES
O volume de pesquisas sobre antioxidantes
vem aumentando nos últimos anos. Isto porque estas substâncias ajudam a
prevenir muitas condições como doenças cardiovasculares, diversos tipos de
câncer, demência, além de desacelerar o processo de envelhecimento. Os
antioxidantes apontam para um efeito protetor, principalmente a vitamina E.
Fazendo com que o cérebro não se degenere, tendo uma perda menor das células
neurais.
Exemplos:
Beta-caroteno: Frutas e hortaliças
amarelo/alaranjados como cenoura e mamão e vegetais verde-escuros como
espinafre e couve;
Licopeno: Frutas e verduras vermelhas como tomates, melancia e goiaba;
Luteína: alface, frutas cítricas, milho,
ovo;
Antocianinas: uvas, vinho, amora, cereja;
Catequinas: cha, cacau;
Flavononas: frutas cítricas;
Isoflavonas/Fitoestrogenos: soja, trigo
integral, linhaça;
Quecentina: maçãs, chá, frutas cítricas;
Organosulfurados: repolho, couve-flor;
Selênio: atum, castanha do Brasil;
Vitamina C: frutas cítricas, pimentões, brócolis, kiwi;
Vitamina E: germe de trico, óleos
vegetais, amêndoas, amendoim.
LIPÍDEOS
Váriosestudos caso-controlados relataram níveis plasmáticos
e nos tecidos cerebrais mais baixos de omega-3 e pacientes com o Mal de
Alzheimer em comparação com controles. O consumo de peixe 1 vez por semana foi
associado com a redução de 60% no risco de desenvolvimento de Alzheimer, tanto
no estudo de Rotterdam como no de Chicago. No estudo de Chicago, a ingestão
maior de ômega-3, principalmente DHA mostrou forte associação como menor risco
de desenvolvimento da doença (MORRIS).
VITAMINAB12, FOLATO, VITAMINA B6
A deficiência de B12, assim como de folato, pode levar à
redução na síntese de metionina e S-adenosilmetionina, afetando adversamente as
reações de metilação, essenciais para o metabolismo de componentes da bainha de
mielina das células nervosas e de neurotransmissores.
Exemplos:
Fontes de
B12: amêndoas, amendoins, laranja, feijão,
fígado, cereais integrais...rins, carne, peixe, leite e derivados, fígado.
Fontes de Folato: Figado, Espinafre, aspargos, feijão
verde, brócolis, abacate, amendoim, alface, germen de trigo, tomate, laranja,
mamão e banana.
Fontes de B6: fígado bovino, frango e carnes de
porco e vitela, peixes (salmão, atum, sardinha, halibut, arenque), nozes
(noz-branca ou juglans cinerea, amendoins), pão, milho, e cereais
integrais.
TIAMINA
Deficiência de vitamina B1 causa beribéri. Sintomas dessa
doença do sistema nervoso central incluem perda de peso, distúrbios emocionais,
percepção sensorial prejudicada, fraqueza e dor nos membros, períodos de
batimento cardíaco irregular e edema. Em casos avançados pode ocorrer
insuficiência cardíaca e morte. A deficiência crônica de vitamina B1 também
causa a síndrome de Korsakoff, uma psicose irreversível caracterizada por
amnésia e confabulação.
Uma vez que a deficiência de tiamina pode resultar em um tipo
de demência, como o Alzheimer.
Exemplos:
Ervilhas, feijão, pão integral, fiambre, arroz integral,
cereais integrais, nozes, fígado, rins, carne de porco, peixes, amendoins,
verduras amargas e gema de ovo.
CARNITINA
Pequenosestudos clínicos controlados sugeriram redução
moderada no declínio da função cognitiva dos pacientes com MA com o uso de 2-3
g de L-carnitina por dia.
COLINA
O Mal de Alzheimer foi associado com déficit de
neurotrasmissores cerebrais, mais especificamente, a acetilcolina. Uma possível
causa é a redução a enzima que converte a colina em acetilcolina.
A ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE COM ALZHEIMER
A anorexia pode ocorrer no estágio final da doença em
decorrência de modificações físicas, como redução do paladar e olfato, redução
do apetite, aumento da saciedade, desordens neuropsiquiátricas associadas com a
doença (perda de memória, desorientação, desordens de humor, indiferença,
julgamento prejudicado), alteração na autonomia e hábito alimentar e nas concentrações
de neurotransmissores.
Por Regina Reis
*Fonte: Blog da Nutricionista Dra. Regina Reis.