Canela
Uma das
especiarias mais antigas de que se tem notícia, a canela é originária do Sri
Lanka, da Birmânia e da Índia. O nome provavelmente vem da palavra indonésia
“kayu manis”, “madeira doce” — para o aroma e o paladar.
A consagração da
canela como ingrediente gastronômico pode ser observada já no século 16: nessa
época, ela figurava em 67% de todas as receitas registradas na França.
No Brasil, a
canela, como outras espécies de plantas originárias da Ásia, foi trazida pelos
portugueses. Provavelmente foram os missionários jesuítas os primeiros a
cultivar a árvore por aqui. Hoje em dia, a árvore da canela é cultivada em
todos os países banhados pelo Oceano Índico, no Brasil, nas Antilhas e nas
Guianas.
Apesar de ser
consumida em quantidades bem pequenas, a canela possui algumas substâncias
antioxidantes em concentração bem elevada, o que faz com que, mesmo em pequenas
porções, a especiaria contribua para o aporte total desses compostos.
Entre os
antioxidantes mais importantes da canela estão as proantocianidinas, que
contribuem para evitar a oxidação das gorduras no sangue, ajudando a diminuir o
risco de doenças cardiovasculares.
A canela também é
rica em cinamaldeído, um composto fenólico que tem propriedades antimicrobianas
e que, em estudos de laboratório, demonstrou capacidade de diminuir a atividade
de uma enzima associada a reações inflamatórias e alérgicas.
Alguns estudos
recentes, ainda não conclusivos, apontam um potencial da canela em diminuir o
nível de glicose no sangue de pessoas com diabetes tipo 2, efeito que pode
estar associado às substâncias antioxidantes da especiaria. Estas poderiam
contribuir ainda para o controle das taxas de colesterol e de açúcar no sangue.
A canela também
é rica em manganês, um mineral que atua junto com diversas enzimas para
facilitar os processos metabólicos e tem uma ação antioxidante.
Gengibre
O gengibre foi
uma das primeiras especiarias do Oriente a entrar na Europa, trazida por
mercadores árabes por volta do século 1 a.C. Pouco depois, já fazia parte dos
tratados medicinais dos antigos estudiosos gregos e romanos, que mencionam suas
propriedades depurativas e o seu uso como antídoto a venenos.
Os portugueses
trouxeram a planta para o Brasil pouco depois do Descobrimento. Adaptou-se tão
bem por aqui que alguns naturalistas europeus, em suas viagens científicas,
acreditaram ser uma planta nativa, já que era comum encontrar o gengibre em seu
estado silvestre.
A parte da
planta que tem uso alimentar ou medicinal é o rizoma, seu caule duro e
subterrâneo. Seu chá é considerado, pela tradição popular, como medicamento
contra gripes e resfriados. Outro uso popular é misturar o gengibre ao
aguardente, no famoso quentão servido nas festas juninas no Brasil.
O gengibre tem
várias substâncias antioxidantes, que podem reduzir o risco de vários tipos de
câncer, e ter efeito antiinflamatório. Alguns desses compostos do
gengibre não são prejudicados pelo calor — em alguns casos, o cozimento pode
até aumentar a sua atividade antioxidante.
O composto ativo
que dá o gosto picante ao gengibre, o gingerol, além de ser antioxidante e
antiinflamatório, tem um efeito anti-emético – isto é, capaz de aliviar
sintomas de enjôo e náuseas.
Seu principal
nutriente, o magnésio, contribui para o bom funcionamento do sistema de defesas
do organismo, ajudando a prevenir infecções, além de ser um mineral importante
para o desenvolvimento dos ossos e dentes.
Damasco
Parente próximo
da ameixa, o damasco fresco lembra muito um pêssego. A diferença mais visível é
a cor, laranja. Por dentro, tem a polpa um pouco menos suculenta do que a do
pêssego, e um gosto mais azedinho. Também difere do pêssego por ser, na versão
fresca, raro no Brasil.
O damasco seco,
no entanto, pode ser encontrado o ano todo no país. Também é conhecido como
damasco turco — a Turquia é o maior exportador mundial do produto.
Embora o Brasil
não tenha as condições climáticas necessárias para o cultivo do damasco, a
versão seca é bastante apreciada. Provavelmente, o gosto foi difundido pela
grande população de descendentes de sírio-libaneses que imigraram para o país.
No Oriente Médio e na chamada “comida árabe”, o damasco seco é um ingrediente
muito valorizado e utilizado tanto em receitas doces quanto salgadas.
O damasco é
muito rico em carotenóides, como o betacaroteno. A ação antioxidante dessas
substâncias está relacionada à prevenção de doenças do coração e de alguns
tipos de câncer, como o de próstata.
A alta
quantidade de provitamina A e carotenóides também protege a visão, diminuindo o
risco de doenças relacionadas ao envelhecimento como a degeneração macular, que
leva à cegueira.
No damasco seco,
o grande volume de fibras por unidade ajuda a combater a constipação intestinal.
A ingestão de fibras também é importante na prevenção de doenças como câncer de
cólon e no controle do colesterol.
É boa fonte de
ferro para os homens, e fonte para mulheres, que precisam de uma maior
quantidade do mineral. Também é fonte de fósforo, magnésio, potássio, vitaminas
B3 e B5. Para mulheres, também é fonte de vitamina K.
* Fonte: Nestlé
faz bem – enciclopédia de nutrição.
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